sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Fluxograma de Abate Bovino, Suíno e de Aves

Fluxograma Abate de Bovino
Problemas
Soluções
Carregamento
-Rampa de carregamento lisa, com obstáculos;
-Ferir animais;
-Superlotação.
-Rampa de carregamento adaptada para anatomia das patas;
-Chamar atenção como, por exemplo, com bandeiras;
-Colocar a quantidades permitidas, que o caminhão suporta.
Transporte
-Superlotação que pode causar morte;
-Horário quente;
-Exceder 12 horas no transporte;
-Maus tratos.
-Respeitar a quantidade adequada de animais;
-Fazer o transporte em horários mais frescos;
-Fazer paradas para descanso;
-Respeitar os animais.
Currais de recepção/Currais de matança/Currais de Sequestro/Inspeção ante mortem
Na chegada, os animais são descarregados por meio de rampas adequadas na mesma altura dos caminhões. Todos os animais vão para os curais de recepção, sendo feita a inspeção ante mortem que é feito a verificação das vacinas, sanidade, isolando os animais doentes verificando as condições higiênicas dos currais e dos animais. Sendo separados por lotes de acordo com a procedência e permanece nos currais em repouso e jejum, para recuperação devido o transporte. Para melhorar a qualidade da carne.
Condução dos animais
-Higienização mal feita;
-No afunilamento o animal de trás ver o que acontece com o da frente;
-Avaliar o estresse do momento.
-Fazer com que a água do banho de aspersão passe por todo o corpo do animal;
-Fazer o caminho em círculo para não ter a possibilidade de ver o da frente;
-Encaminhar o animal para repouso.
Insensibilização
-Não utilizar marreta manual;
-Animal mal insensibilizado,
-Não limpar o vômito do animal quando levantado.
-Realizar a insensibilização com uma pistola pneumática com pino retrátil, ou outros métodos permitidos;
- Garantir que o animal esteja mesmo inconsciente e que não tenha reflexos e sinta dor;
-Limpar com água o vômito do animal para não contaminar a carne.
Sangria
-Não escorrer todo o sangue;
-Fazer o corte errado;
-Facas não higienizadas corretamente.
-Deixar a sangria durar 3 minutos;
-Fazer o corte dos grandes vasos do pescoço;
-Esterilizar a faca corretamente.
Esfola/Ablação do reto e esôfago
-Contaminação da carcaça por pêlos, resíduos fecais, facas contaminadas, etc.
-Fazer a ablação do reto e esôfago corretamente, manter os equipamentos esterilizados.
Abertura abdominal e externo
-Contaminação por fezes ou vômito;
-Cortes errados.

-Lavar o animal corretamente antes dos corte;
-Manter um padrão correto de corte, com cuidados para não perfurar os órgãos.
Evisceração
-Demorar muito para fazer a evisceração.
-Realizar o processo no máximo 30 minutos após a sangria evita que microrganismos contaminem a carne.
Inspeção post mortem
-Inspeção mal feita;
-Órgãos contaminados, problemas visíveis na carne.
-Fazer inspeção corretamente seguindo as linhas de inspeção;
-Retirar qualquer problema visível e encaminhar ao DIF (Departamento de Inspeção Final) se necessário.
Toalete de carcaça
-Lesão por causa da sangria, coágulos decorrentes da sangria, gorduras da entrada do peito, timo, gorduras excedentes como a inguinal e a pélvica, sinais de contusões superficiais e nódulos vacinais.
-Fazer avaliação criteriosa, retirando partes com problemas visíveis, avaliar se o problema poderia ter contaminado toda a carcaça.
Serragem da carcaça
-Facas não esterilizadas;
-Carcaças alteradas;
-Serrar erroneamente a carcaça.
-Esterilizar facas com vapor ou água a 85° C;
-Inspeção sanitária em membros dianteiros, traseiros e rins;
-Serrar ao longo da coluna vertebral.
Resfriamento da carcaça
-Encurtamento pelo frio;
-Ph alto (mais de 7,5);
-Temperatura inadequada.
-Estímulos elétricos durante a sangria;
-Minimizar o estresse crônico;
-Temperaturas de 2 a 7° C.
*Estresse: Todo o processo de pré-abate faz com que o animal sofra estresse. O problema da carne DFD (dry, firm, dark – firme, seca, escura) está relacionado com o processo pré-abate, quando o animal sofra estresse crônico, podendo se recuperar com descanso e alimentação. Esse pré-abate no fluxograma é identificado pelo carregamento, transporte, currais de recuperação, currais de matança, inspeção ante mortem e condução do animal.

Fluxograma Abate Suíno

Jejum na granja
O jejum e diet hídrica no mínimo por 6hs e máximo de 24hs. Esse jejum visa o esvaziamento do trato intestino, a fim de minimizar possíveis contaminações da carcaça durante fase evisceração, por ruptura do aparelho digestivo.
Transporte
O transporte dos suínos tem que ser em horário mais fresco, evitar barulhos para que animal não fique agitado. O ideal é sempre mover pequenos grupos de 2 a 3 suínos por baias. Conferir as condições do caminhão e sempre realizar a limpeza e desinfecção antes do carregamento. Recomenda-se a aspersão de agua nos suínos após o embarque, quando as temperaturas estão acima de 10ºC, evitar viagens longas.
Pocilga de recepção
Os suínos são transportados por caminhão até o abatedouro e através de rampas colocadas nele sai para a pocilga de recepção. Os animais são inspecionados, separados por lotes de acordo com a procedência e permanecem nas pocilgas, em repouso e jejum por 16 a 24hs para recuperarem do estresse causado pela viagem e melhorarem a qualidade da carne, estabilizando os níveis normais de adrenalina e de glicogênio. Deve-se aspergir agua sobre os animais.
Pocilga de matança
Destina-se a receber os animais após a chegada, pesagem e seleção, desde que considerados em condições normais, onde permanecerão em descanso e dieta.
Pocilga de sequestro
Destinam-se exclusivamente a receber os suínos que a inspeção anti morten foram excluídos da matança normal, por necessitarem de exame clinico e observação mais acurado antes do abate.

Insensibilização
Objetivo de fazer com que o animal fique inconsciente no abate para que possa ser abatido de forma eficiente, sem lhe causar dor. Essa etapa é essencial por permitir uma melhor sangria e manejo do animal no abate. Método sem concussão que é penetrativo realizado com pistola com dardo, acionado por ar comprimido, ele causa concussão com o impacto, sem penetração do dardo no crânio do animal. Método elétrico (eletronarcose) uso de corrente elétrica que atravessa o cérebro do animal. Método de exposição a atmosfera controlada, usa-se atmosfera com dióxido de carbono (CO2) ou mistura deste com outras gazes, onde os animais ficam insensibilizados.
Sangria
A sangria se inicia após a insensibilização, deve ser realizado até 15 segundos após a fase anterior, e não ultrapassa de 30 segundos. A faca é inserida na linha media do pescoço, depressão do osso externo. Ocorre de sair, escoar o sangue, o tempo do sangue do suíno e máximo de 3 minutos. Sangue horizontal vantagem para PSE e menos lesões.
Escalda
Processo de apoucamento dos pelos com agua quente à temperatura de 62 a 65ºC, tempo de escaldagem de 2 a 5 minutos.
Depilação
É realizado mecanicamente, retira todo o pelo e o suíno deve permanecer no máximo 15 segundos.
Chamuscamento
Completar a depilação é feito com o maçarico a gás e então são lavados com agua sob pressão.
Retirada dos casquinhos
É feita com auxílio de alicate especial. A toalete completa depilação, sobretudo onde máquina de depila não faz (axila e cabeça).
Abertura abdominal
Corte ventral mediano na parede abdominal.
Ablação de reto e esôfago
É obrigatório para evitar a contaminação fecal. Faz-se uma incisão perianal, liberando esta extremidade do tubo digestivo, realiza-se uma ligadura.
Evisceração
Deve-se separar vísceras brancas (intestino, estomago, baço e pâncreas), vísceras vermelhas (língua, coração, pulmão e fígado). Deve-se evitar ruptura de órgãos que possam contaminar a carcaça.
Inspeção post morten
É feita durante a evisceração do animal após sangria. É realizado exame macroscópico em suas vísceras e gânglios a fim de garantir a qualidade do produto.
Serragem da carcaça
Onde as carcaças são serradas longitudinalmente, seguindo-se a espinha dorsal e dividida em duas meias carcaças. Remove-se a medula e o cérebro do animal e as carcaças são limpas com facas.
Toalete das carcaças
Retira-se resíduos de sangria, gorduras excessivas, medula, restos de traqueia, etc. A cauda já pode ser retirada antes ou depois da entrada da carcaça, mas câmaras frias. As carcaças são lavadas coma agua sob pressão e carimbadas.
Refrigeração
As carcaças são encaminhadas para refrigeração em câmaras frias, com temperatura controlada para seu resfriamento e a sua conservação. São expedidas dessa forma (rotuladas) ou destinadas a desossa e industrialização.
Cortes
A desossa é realizada manualmente, com auxílio de facas. As aparas resultantes desta operação são geralmente aproveitadas na produção de derivados de carne. Os ossos e partes não comestíveis são encaminhados à graxearia, para serem transformadas em sebo ou gordura animal industrial e farinha para rações.
*Estresse: o suíno é um animal muito susceptível ao estresse, sendo extremamente sensível as mudanças de ambiente que o pré abate promove. Sendo assim, pode fazer com que a carne seja DFD (dry, firm, dark – firme, seca, escura) quando o animal está sofrendo de estresse crônico, que se é observado por todo o processo de pré abate, sendo representado no fluxograma pelo jejum na granja, transporte, pocilga de recepção, pocilga de matança. O animal pode recuperar com descanso e alimentação. A carne pode ser PSE (palid, soft, exudative – pálida, mole, exudativa) que é o estresse agudo, que ocorre no momento do abate, podendo ser prevenido com  melhor preparo da equipe que recebe o animal na insensibilização.

Fluxograma do Abate de Aves
Problemas
Soluções
Jejum na granja
-Caso não ocorra pode acontecer o rompimento do intestino devido ao acúmulo de gases;
-Redução da espessura da parede do intestino;
-Contaminação com bílis;
-Endurecimento do tecido de revestimento das moelas;
-Aderência do papo a carcaça.
-Respeitar o prazo de jejum de 8 a 12 horas;
-Dieta hídrica.

Transporte
-Quantidade de aves por gaiola (ideal de 8 a 10);
-Temperatura, pois as aves são sensíveis ao calor.
-Transportar durante a noite;
-Respeitar o limite de aves por gaiola;
-Ao chegar no abatedouro colocar as aves no descanso com ventilação.
Descarregamento
-Fraturas;
-Estresse.
-Caso seja mecânico o equipamento deve sempre estar com a manutenção em dia;
-Caso seja manual capturar ave por ave com cuidado para evitar fraturas.
Inspeção ante mortem
-Identificação de possíveis problemas ou doenças nas aves;
-Liberação para o abate.
Pendura
-Lesões.
-Manuseio com cuidado;
-Evitar que a ave se debata.
Insensibilização
-A eletronarcose diminui a eficiência da sangria acima de 80v;
-Pode inibir as reações bioquímicas post mortem.
-Respeitar o tempo de imersão da ave 7 segundos e a voltagem da corrente elétrica.
Sangria
-Depenagem prejudicada pelo tempo da sangria, o qual deve ser 3 minutos.
-Respeitar o tempo.
Escalda
-Cozimento da carcaça;
-Dificuldade na depenagem.
-Respeitar o tempo e a temperatura.

Depenagem
-Lesões.
-Ajustar o equipamento para o tamanho das aves.
Escalda dos pés
-Temperatura muito elevadas;
-Não retirada completa da pele.
-Ajuste da temperatura.
Retirada da cutícula dos pés
-Não retirada completa das cutículas.
-Ajuste da temperatura e precisão na retirada das cutículas.
Retirada da cloaca
Retirada com precisão de toda a cloaca.
Abertura abdominal
-Possível perfuração das vísceras;
-Contaminação da carcaça.
-Realizar o corte com precisão.
Eventreação inspeção post mortem
-Verificação de doenças;
-Contaminação;
-Fraturas;
-Destinação da carcaça ou cortes.
Evisceração
-Rompimento de vísceras ou não retirada total.
-Precisão na retirada das vísceras;
-Lavagem correta da carcaça.
Retirada do pulmão
-Não retirar completamente o pulmão.
-Manutenção do equipamento;
-Verificação da retirada do pulmão.
Refrigeração de vísceras comestíveis e carcaça
-Excesso de água na carcaça;
-Temperatura final da carcaça incorreta.
-Respeitar o tempo de imersão da ave, temperatura e quantidade da água.
Gotejamento
-Carcaças com excesso de água.
-Respeitar o tempo para que a quantidade de água na carcaça não fique acima do permitido (8%) pela legislação.
Embalagem
-Tipos de embalagem;
-Temperatura de armazenagem.
-Embalagens a vácuo;
-Embalagens de polietileno.
Cortes
-Aves com lesões são destinadas aos cortes para aproveitamento.
*Estresse: durante o processo de pré abate o animal fica sensível as mudanças repentinas de ambiente e com toda a movimentação que acorre, podendo levar o animal a sofrer estresse agudo, podendo deixar a carne com características PSE (palid, soft, exudative – pálida, mole, exudativa), que ocorre no momento da insensibilização, podendo ser prevenido com preparo da equipe que recebe o animal na insensibilização e bem no momento do abate.

Daniela Aparecida Morais Medeiros
Karine Ferreira Babolim
Kátia Santos
Jaqueline dos Reis Ferreira
Nathália Silveira Paiva

Vanessa Brito.

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