Geralmente, o bem-estar do animal se dá a
qualidade de vida do mesmo. Se ele está bem de saúde, se estão boas ou
adequadas suas condições físicas e psicológicas e se o animal está podendo se
expressar ou comportar naturalmente. Realmente, ninguém é capaz de medir se o
animal está mesmo se sentindo bem ou não, mas pode sim se adaptar à melhores
formas ou condições que possam minimizar o sofrimento ou desconforto do mesmo.
Para se ter certeza de um
"bem-estar" para o animal no período do pré-abate, é essencial
efetuar e possuir: um manejo cuidadoso em todas as etapas desde o nascimento
até o transporte; um conhecimento do comportamento do animal; uma dieta
satisfatória apropriada e segura; instalações projetadas satisfatórias às
espécies para garantir a proteção e possibilidade de descanso; um transporte de
formar a reduzir o estresse, evitar contusões , sofrimentos desnecessários e
manter o ambiente em condições adequadas.
O transporte que leva os animais para o local em que vão ser abatidos deve conter algumas especificações, tais segundo Resolução 675 de 21 de Junho
de 2017 a entrar em rigor em 2019:
- É por meio rodoviário o mais utilizado para o deslocamento;
- Veiculo automotor com equipamento de contenção de cargafixo reboque ou semi-reboques construído ou adaptado; possuir laterais e teto queprotejam contra fuga;
- Para evitar sofrimento, ferimento e minimizar agitação dos animais e garantir seu bem estar;
- Ser adaptado á espécie e categoria do animal transportado com altura e largura para que o animal permaneça em pé;
- Apresentar superfície de contato sem proeminência e elementos pontiagudos para não causar contusões ou ferimentos;
- Permitir circulação de ar no seu interior;
- Minimiza os efeitos temperatura extremas;
- Piso antiderrapante que evita escorregões;
- Possibilitar meios de fornecimentos de água;
- Animais acidentados ou em estado de sofrimento durante o transporte ou á chegada no estabelecimento de abate devem ser submetidos a morte de emergência sem causar mais sofrimento ao animal;
- Em regiões e em época quentes, o deslocamento do veiculo deve ocorrer em horários de temperaturas mais amenas;
- Outro aspecto importante no transporte, nessa operação, arrancadas e freadas bruscas também podem lesionar o animal;
- Os animais devem ser de mesma leitegada ou do mesmo grupo da fase de engorda e terminação nos lotes a serem transportados, evitando com isso luta e agitação entre os animais durante o transporte a exemplo dos suínos;
- A distancia ou tempo de transporte afetam as reservas energéticas e a qualidade da carne;
- A exemplo das aves, a disposição das colunas das gaiolas na carroceria do caminhão deve ser de forma que permaneçam espaços vazios entre as colunas do lado direito, centro e Lado esquerdo para aumentar a ventilação sendo ao todo em media 408 gaiolas com 8 a 12 aves em época de temperatura ambiente elevada ou baixa de 8 a 10 aves por gaiolas.
O abate humanizado é o conjunto de estudos e aplicação de métodos destinados a
garantir o bem-estar dos animais desde a recepção até a operação de sangria, já insensibilizar é proporcionar rápido estado de inconsciência
do animal, mantendo suas funções vitais até o momento da sangria.
Abaixo estão alguns procedimentos
humanitários adequados para insensibilização de animais de açougue:
- Instalações adequadas para poupar a excitação, dor ou sofrimento;
- Local de embarque e desembarque adequado para que não se machuquem ou aumente o estresse do animal;
- Fazer o descarregamento o mais rápido possível, ou quando não for possível, oferecer ventilação;
- Separar os animais por sexo, idade, origem;
- Realizar uma recepção segura de modo que os animais não corram riscos;
- Não espancar ou agredir, não erguer pelo rabo, orelha, chifre, etc;
- Oferecer um local de passagem sem risco de ferimento ou estresse;
- Realizar a insensibilização imediatamente ao ser conduzido.
O abate é a morte por sangria, já a sangria, de acordo com o Regulamento Técnico de Métodos de Insensibilização para o Abate Humanitário de Animais de Açougue, cita os seguintes itens:
- A operação de sangria deve ser iniciada logo após a insensibilização do animal;
- A operação é realizada pela seção dos grandes vasos do pescoço (Artéria, carótida e veia jugular), no máximo 1 minuto após insensibilização (em bovinos);
- Não são permitidos, na calha de sangria, operações que envolvam mutilações, até que o sangue escoe o máximo possível, tolerando-se a estimulação elétrica com o objetivo de acelerar as modificações post-mortem;
- Na sangria automatizada (de aves), torna-se necessária a supervisão de um operador, visando proceder manualmente o processo, em caso de falha do equipamento, impedindo que o animal alcance a escaldagem sem a devida morte pela sangria.
EQUIPE CARNE FORTE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário