quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Bem estar animal

Geralmente, o bem-estar do animal se dá a qualidade de vida do mesmo. Se ele está bem de saúde, se estão boas ou adequadas suas condições físicas e psicológicas e se o animal está podendo se expressar ou comportar naturalmente. Realmente, ninguém é capaz de medir se o animal está mesmo se sentindo bem ou não, mas pode sim se adaptar à melhores formas ou condições que possam minimizar o sofrimento ou desconforto do mesmo.

Para se ter certeza de um "bem-estar" para o animal no período do pré-abate, é essencial efetuar e possuir: um manejo cuidadoso em todas as etapas desde o nascimento até o transporte; um conhecimento do comportamento do animal; uma dieta satisfatória apropriada e segura; instalações projetadas satisfatórias às espécies para garantir a proteção e possibilidade de descanso; um transporte de formar a reduzir o estresse, evitar contusões , sofrimentos desnecessários e manter o ambiente em condições adequadas.
O transporte que leva os animais para o local em que vão ser abatidos deve conter algumas especificações, tais segundo Resolução 675 de 21 de Junho de 2017 a entrar em rigor em 2019:
  • É por meio rodoviário o mais utilizado para o deslocamento;
  •      Veiculo automotor com equipamento de contenção de carga
    fixo reboque ou semi-reboques construído ou adaptado; possuir laterais   e teto que
    protejam contra fuga;
  • Para evitar sofrimento, ferimento e minimizar agitação dos animais e garantir seu bem estar;
  •      Ser adaptado á espécie e categoria do animal transportado com altura e largura para que o animal permaneça em pé;
  •     Apresentar superfície de contato sem proeminência  e elementos pontiagudos para não causar contusões ou ferimentos;
  •       Permitir circulação de ar  no seu interior;
  •       Minimiza os efeitos temperatura extremas;
  •       Piso antiderrapante que evita escorregões;
  •       Possibilitar meios de fornecimentos de água;
  •      Animais acidentados ou em estado de sofrimento durante o transporte ou á chegada no estabelecimento de abate devem ser submetidos a morte de emergência sem causar mais sofrimento ao animal;
  •      Em regiões e em época quentes, o deslocamento do veiculo deve ocorrer em horários de temperaturas mais amenas;
  •     Outro aspecto importante no transporte, nessa operação, arrancadas e freadas bruscas também podem lesionar  o animal;
  •       Os animais devem ser de mesma leitegada ou do mesmo grupo da fase de engorda e terminação nos lotes a serem transportados, evitando com isso luta e agitação entre os animais durante o transporte  a exemplo dos suínos;
  •      A distancia ou tempo de transporte afetam as reservas energéticas e a qualidade da carne;
  •      A exemplo das aves, a disposição das colunas das gaiolas na carroceria do caminhão deve ser de forma que permaneçam espaços vazios entre as colunas do lado direito, centro e Lado esquerdo para aumentar a ventilação sendo ao todo em media 408 gaiolas com 8 a 12 aves em época de temperatura ambiente elevada ou baixa de 8 a 10 aves por gaiolas. 

O abate humanizado é o conjunto de estudos e aplicação de métodos destinados a garantir o bem-estar dos animais desde a recepção até a operação de sangria, já insensibilizar é proporcionar rápido estado de inconsciência do animal, mantendo suas funções vitais até o momento da sangria.
Abaixo estão alguns procedimentos  humanitários adequados para insensibilização de animais de açougue:
  • Instalações adequadas para poupar a excitação, dor ou sofrimento;
  • Local de embarque e desembarque adequado para que não se machuquem ou aumente o estresse do animal;
  • Fazer o descarregamento o mais rápido possível, ou quando não for possível, oferecer ventilação;
  • Separar os animais por sexo, idade, origem;
  • Realizar uma recepção segura de modo que os animais não corram riscos;
  • Não espancar ou agredir, não erguer pelo rabo, orelha, chifre, etc;
  • Oferecer um local de passagem sem risco de ferimento ou estresse;
  • Realizar a insensibilização imediatamente ao ser conduzido.
O abate é a morte por sangria, já a sangria, de acordo com o Regulamento Técnico de Métodos de Insensibilização para o Abate Humanitário de Animais de Açougue, cita os seguintes itens:
  • A operação de sangria deve ser iniciada logo após a insensibilização do animal;
  • A operação é realizada pela seção dos grandes vasos do pescoço (Artéria, carótida e veia jugular), no máximo 1 minuto após insensibilização (em bovinos);
  • Não são permitidos, na calha de sangria, operações que envolvam mutilações, até que o sangue escoe o máximo possível, tolerando-se a estimulação elétrica com o objetivo de acelerar as modificações post-mortem;
  • Na sangria automatizada (de aves), torna-se necessária a supervisão de um operador, visando proceder manualmente o processo, em caso de falha do equipamento, impedindo que o animal alcance a escaldagem sem a devida morte pela sangria.

EQUIPE CARNE FORTE.



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