Conceitos
Pescado é todo animal que vive normalmente em água doce ou salgada
e que é utilizado para a alimentação. Compreende peixes, crustáceos, moluscos,
anfíbios, quelônios e mamíferos de água doce ou salgada, usados na alimentação
humana.
A comida
enlatada é uma forma de conservação dos alimentos através do
seu acondicionamento apropriado em um recipiente geralmente produzido em material metálico.
*Como a sardinha e o atum são os mais comuns a serem
comercializados, este material foi baseado nos dados encontrados (que foram sobre estes
dois produtos).
Classificação
de enlatados de acordo com o Ph (segundo Camerron e Esty)
Grupo 1: pouco ácidos ou de
baixa acidez (pH 5,0 e mais).
Produtos cárneos e marinhos, leite e certas hortaliças.
Grupo 2: semi-ácidos (pH 5,0 a 4,5).
Misturas de carnes e vegetais, especialidades tais como spaghetti, sopa e molhos.
Grupo 3: ácidos (pH 4,5 a
3,7).
Tomate, pêra, figo entre outras frutas.
Grupo 4: muito ácidos ou de
alta acidez (pH 3,7 e menos).
Curtidos, ruibarbo, sucos cítricos, pomelo.
No caso de pescados enlatados, o ideal é que esteja com o pH
abaixo de 4,5 para inibir o crescimento de Clostridium.
ETAPAS
Corte/Limpeza: esta etapa depende
de qual produto está sendo utilizado. No caso da sardinha, é preciso
seguir um padrão para
entrar na lata. Isso é feito com uma máquina que realiza a seleção, limpeza,
retirada das vísceras e o corte padronizado. Há uma segunda filtragem feita
manualmente.
No
caso do atum, a limpeza geralmente é feita toda manualmente. Para isso, o mesmo
passa por um pré-cozimento a 90ºC. Logo que sai desse ambiente quente, ele vai
para uma sala mais fria, a 22°C, e com uma umidade impressionante de 100%.
Depois
de passar por um choque de temperatura e umidade, a pele fica muito mais macia
e fácil para ser removida. O processo se dá pela evisceração manual, seguida da
retirada das espinhas, pele, cabeça e escamas. Cerca de 50% dele é resíduo.
Nesta
etapa, separa-se para uso apenas o lombo do atum, que é cortado em máquinas de
formação de pastilhas e podem ser íntegras (para atum sólido) ou aparas (para
atum em pedaços ou ralado).
Cozedura: o cozimento tem como função principal parar a atividade microbiana ou enzimática,
e sobretudo expulsar toda a água extracelular.
Enlatamento e adição da cobertura: após a
higienização das latas, coloca-se o produto dentro, sendo a sardinha manualmente e o atum
automaticamente.
Em
seguida, coloca-se a cobertura, que pode ser óleo, azeite, molho de tomate,
ervas, depende do que está se produzindo. Esta cobertura ocupa o espaço
restante do interior da lata, impedindo a permanência de ar e respeitando o head space, que ocupa cerca de meio
centímetro abaixo da borda da lata.
Tratamento
térmico: é feito basicamente para garantir a destruição dos organismos vivos, capazes
de colocar em risco a saúde do consumidor ou causar a alteração do alimento
economicamente importante na estocagem e distribuição. A proteção dos alimentos
enlatados contra as bactérias, depende de três condições que as indústrias têm
que respeitar:
-
efetuar o tratamento do alimento pelo calor a uma temperatura bastante elevada
e por uma duração muito prolongada para dar ao produto uma esterilização
chamada comercial;
- fechar
o recipiente de tal forma que outros microrganismos não possam mais penetrar
nele nem contaminar o produto;
-
manusear o produto terminado de forma a proteger o fechamento hermético do recipiente.
Fecho/Cravação: nesta etapa,
as latas são hermeticamente fechadas e seguem para autoclaves, onde ocorre o
processo de cozimento a 118 ºC para
sardinhas e 116 ºC para
atuns.
Lavagem e esterilização: consiste na remoção de resíduos que
possivelmente possam ter vertido da cravação das latas. É feita a temperatura
alta que permite a esterilização das latas e matar organismos vivos no seu
externo. No caso das sardinhas, seus ossos derretem permitindo ser consumidos,
fazendo com que o alimento fique rico em cálcio.
A esterilização fornece:
- segurança, pois
destrói todos os microrganismos que possam por em risco a segurança alimentar;
- estabilidade, por destruir esporos que possam vir a
desenvolver e germinar de forma a atingir dimensões suficientes para a produção
de toxinas. Os esporos podem ser destruídos por meio de embalamento a uma
temperatura de 115 a 121 ºC.
Armazenamento: é necessário algum
tempo para que os ingredientes sejam homogeneamente distribuídos pelo produto e
os óleos/molhos sejam absorvidos pelo produto. Somente quando este equilíbrio é
atingido é que o produto atinge o seu sabor pleno. Verifica-se também se houve
alteração
da
embalagem que possa sugerir atividade microbiana.
EQUIPE: Dry Eaging (Cinthya, Flaviane, Talilianciê)
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